Ologunede - Filho de Oxun Ipondá e Ode Erinlé

Um dia Oxun Ipondá conheceu o caçador Erinlé e por ele se apaixonou perdidamente. Mas Erinlé não quis saber de Oxun. Oxun não desistiu e procurou um babalaô. Ele disse que Erinlé só se sentia atraído pelas mulheres da floresta, nunca pelas dos rios. Oxun pagou o babalaô e arquitetou um plano: Embebeu seu corpo em mel e rolou pelo chão da mata. Agora sim, disfarçada de mulher da mata, procurou de novo seu amor.

Erinlé se apaixonou por ela no momento em que a viu. Esquecendo-se das palavras do adivinho, Oxun Ipondá convidou Erinlé para um banho no rio. Mas as águas lavaram o mel de seu corpo e as folhas do disfarce se desprenderam. Erinlé percebeu imediatamente como tinha sido enganado e abandonou Oxun para sempre. Foi-se embora sem olhar para trás. Oxun estava grávida e deu a luz a Ologunde.

Ologunede é a metade Oxun Ipondá, a metade rio, e metade Ode Erinlé, a metade mato. Suas metades nunca podem se encontrar. Ele habita num tempo o rio e noutro o mato. Com o Ofá, arco e flecha que herdou do pai, ele caça. No abebé, espelho que recebeu da mãe, ele se admira.

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