Xango Arrependido e Justiceiro
Xango recebeu das mãos de Olodumare, o Deus do Destino Supremo, um pilão de prata que representa a união da Terra, Aye, com o Céu, Orun, o plano paralelo à terra onde moram os Orixás. Nesta ocasião Xango foi elevado à categoria de Obá Oyo, Rei de Oyo, passando a ser o quarto Alafin de Oyo, sendo o único ser vivo a ter o privilégio de ir e vir da terra para o céu para comunicar-se diretamente com Orunmilá, recebendo desse Orixá ordens e instruçães para este melhor orientar-se em suas decisões na terra. Após contar a Orunmilá tudo o que se passava na terra ele retornava feliz, pois sabia que era de plena confiança desse Orixá. Como ser carnal ele foi possuído pela ambição, cometendo um pecado imperdoável aos olhos de Olorun que, por ser muito justo, jamais aceitou uma traição.
Xango tentou apossar-se, definitivamente, do governo e dos poderes da terra e de todos os poderes que existiam no espaço. Olodumare sabendo de tudo que se passava castigou-o, tomando-lhe o pilão que lhe dava o poder de transitar, vivo, para o céu e o poder de governar os homens da terra. Xango desgostoso e muito arrempendido dos atos que praticara entrou em completo desespero, de joelhos, rogou perdão a todos os seres maiores, que lhe viraram as costas. Triste e magoado subiu num monte existente em Oyo e enforcou-se num pé de Obi, a nóz de cola, o pão de Oxalá.